sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

.pausa

Ás vezes o tempo pára.
Numa íntima e ínfima fracção de segundo
Que ficticiamente se multiplica
E acaba como começou, despedindo-se: 'Adeus, minha cara.'
Caminho pelos segredos que esta noite suplica
E descanso, fascinada com este novo mundo

A realidade volta e engole o que sonhei
Encaixo-me no que sou,
Retomo o que estava a fazer
Vivi (tanto) o sonho que criei
Existo sem me compreender
E sei que nem um segundo passou!

Tantas queixas e lamúrias, que viver é complicado
Tentei dançar o tango ao som de uma valsa
Tentei, não tendo salsa, temperar com azevinho
No fundo sou eu quem não deixa ir o passado
É verdade que não fui eu a pôr os vidros no caminho
Mas fui eu que rejeitei os sapatos e escolhi caminhar descalça.

Encaro agora a realidade que escolhi
Dificultada quando a minha fé foi posta em causa
Caminho mais devagar, retardando a chegada
Quase sem tocar no chão, tenho que confiar em Ti
De volta à batalha, desembainho a minha espada
Quero combater o bom combate... vemo-nos na próxima pausa.